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Gatos Marujos

Ao longo de milhares de anos, os gatos sempre foram bem acolhidos a bordo como membros da tripulação, pela sua habilidade de matar ratos. O costume teve origem nos tempos em que mercadores marítimos visitando portos egípcios, ficavam impressionados com a eficiência e graça destes estranhos e misteriosos animais, treinados pelos Egípcios para proteger dos ratos os seus celeiros. Por isso recrutavam gatos egípcios, para assim protegerem dos ratos os alimentos nos seus barcos.

À medida que os navios viajavam de porto em porto, estes intrépidos e curiosos felinos saltavam do barco, adaptavam-se facilmente e procriavam com variedades locais de gatos selvagens. Foi assim que os gatos domésticos alastraram pela Grécia (500 a.C.), Índia (cerca de 300 a.C.) e China (200 a.C.). Por isso, pelos menos teoricamente, todos os gatos são gatos marujos.

Superstições marinheiras

Por João Lara Mesquita – 1 de fevereiro de 2016

 

  1. Navio seguro é navio batizado…

A tradição de batizar um navio é tão antiga quanto os próprios navios. Sabe-se que egípcios, romanos e gregos já faziam cerimônias a fim de pedir aos deuses proteção para homens que se lançariam ao mar, contudo, por volta de 1800 os batizados começaram a seguir um certo padrão. Era derramado contra a proa da embarcação uma espécie de “fluido batismal”, que poderia ser geralmente vinho ou champanhe. A tradição que se desenvolveu preconizava que uma mulher deveria fazer as honras e ser nomeada “benfeitora” do navio ao quebrar uma garrafa no casco do barco. Se um navio não fosse corretamente batizado, seria considerado azarado.

  1. …uma vez só!

Nunca se deve rebatizar um navio, é azar na certa. Ou seja, batismo bom é batismo feito do jeito certo, com garrafa quebrada e uma única vez.

  1. Sexta não!

Outra, a primeira vista, é jamais partir em uma sexta-feira. Muitos marinheiros recusavam-se a embarcar nesse dia da semana. Não se sabe ao certo a origem dessa lenda, contudo, parece ter ‘pegado’, quase todo capitão se recusa a soltar as amarras em uma sexta-feira.

  1. Todos os ratos a bordo

Ratos não são os animais mais desejáveis de se ter por perto, certo? Errado. A última coisa que os marinheiros gostariam é que todos os ratos do navio subitamente fossem embora. Reza a lenda que a debandada de roedores da embarcação é encarada como um mau presságio, alerta de um infortúnio que está por vir.

  1. Uma moedinha, por favor

Todos os navios devem ter uma moeda de prata embaixo do mastro. Acredita-se que traga boa sorte. As explicações são muitas, mas a tradição parece ter começado com os romanos. Diz-se que a moeda era uma forma de “pedágio” cobrada pelo deus Cáron, incumbido de levar as almas dos mortos em sua barca na travessia do rio Aqueronte. Caso um desastre acontecesse ao navio, a pratinha serviria como o pagamento de todos os marinheiros que, por causa disto, passariam seguramente para o lado de lá.

  1. Aquele-que-não-deve-ser-nomeado

A bordo de uma embarcação, há uma palavra proibida. Jamais se deve dizer COELHO. Acredita-se que o bicho traga muito azar. A explicação vem da experiência, pois o animal tinha o péssimo hábito de roer o casco na época em que as embarcações eram feitas de madeira.  Acabaram sendo proibidos de embarcar.

  1. Cuidado com o que você deseja

Nunca se deve desejar “boa sorte” a um marinheiro antes de partir. Os marítimos acreditam que dizer “boa sorte” a alguém que esteja dentro de um navio é, contraditoriamente, sinal de azar. Em inglês, costuma-se dizer “break a leg” para alguém que irá navegar – no mar nada acontece como queremos, então, se desejarem que você “quebre uma perna” certamente tudo vai correr bem.

  1. Assobiar ou não assobiar?

O assobio é um ato relativizado na superstição marinheira, e depende das condições do tempo. Se o navio está passando por uma calmaria, assobiar ajuda a trazer ventos, ou seja, é recomendável. Mas se já está ventando, um assobio desavisado pode convocar uma tempestade, por isso precisa ser evitado.

  1. Plantas e flores… em terra firme

Não aceitar plantas e flores a bordo de um navio também é uma das superstições marinheiras. A razão dessa crença vem da lógica – plantas consomem água doce, o bem mais precioso que se tem em uma embarcação.

  1. Não se deve mudar o nome do barco ou…

Marinheiros acreditam que não se deve mudar o nome de um barco, caso contrário, isso trará muito azar para as navegações. Porém, há uma saída. Caso o capitão decida dar um novo nome à embarcação, deve fazer uma cerimônia bastante detalhada e cheia de rituais.

 

 

Retirado do site https://marsemfim.com.br/supersticoes-marinheiras/?fbclid=IwAR1RWPJU7EFGTrThgGYGvVohBm1AyCXUztsWv4J06lIIkNrSoxnLo3fINag

Medidas

Comprimentos:

-1 polegada (inch) – 25,40 mm-1 pé (foot) –  30,48 cm
-1 jarda (yard) –  91,44 cm
-1 milha (mile) –  1.609,344 m
-1 milha náutica –  1.852 m      -1 braça – 2,20 m
-1 légua – 3.000 braças

Nota: a milha náutica corresponde ao arco terrestre com ângulo de 1 minuto.

Velocidade:

– 1 nó (Knt) –  1 milha náutica/hora 

Superfície:

– 1 acre –  4046,8564 m 

Massa:

– 1 onça (ounce oz) – 28,3495g 
– 1 libra (pound lb) – 453,9237g – 1 stone – 6,35029kg

PROVÉRBIOS DO MAR

– Barcos em terra, tempestade no mar.
– Gaivotas em terra, temporal no mar.
– Há mar e mar, há ir e voltar (Fernando Pessoa).
– Pela boca morre o peixe.
– Filho de peixe sabe nadar.
– Homem do mar, cabeça no ar.
– Vermelho no mar, sol de rachar.
– O mar que é mar nem sempre está cheio.
– Mais homens se afogam no copo do que no mar.
– Mais vale andar no mar alto, que nas bocas do mundo.
– Natal a assoalhar e Páscoa ao mar.
– Nem em Agosto caminhar, nem em Dezembro marear.
– Ó mar alto, ó mar alto, ó mar alto sem ter fundo; mais vale andar no mar alto do que nas bocas do mundo.
– Pedir a avarento, é caçar no mar.
– Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a espinha
– Em tempo de guerra, mentiras por mar e por terra.
– Quem quiser medrar, viva no pé da serra ou no porto de mar.
– Quem vai ao mar, perde o lugar.
– Quem vai ao mar, avia-se em terra.
– Quem semeia ventos, colhe tempestades.
– Sáveis por S. Marcos (25/04), enchem-se os barcos.
– Mais vale ser rabo de pescada que cabeça de sardinha.
– Todos os ventos são favoráveis para quem não tem um rumo (Chinês).

– Alto mar e não de vento, não promete seguro o tempo.
– Para teres vista bela, olha o mar e mora em terra.
– Pássaros do mar em terra, sinal de vendaval.
– Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão.
– Quando o vento ronda o mar na noite de São João, não há Verão.
– Quem não tem manha, morre no mar como a aranha.
– Peixe não puxa carroça.
– Lua cheia, abóboras como areia.
– Goraz de Janeiro vale dinheiro.
– A Pescada de Janeiro, vale um carneiro.
– Mudam-se os ventos, mudam-se os tempos.
– Barco parado, não faz viagem.
– Cada um puxa a brasa para a sua sardinha.
– Depois da tempestade vem a bonança.
– Em Agosto, Sardinhas e mosto.
– Este mundo é uma bola; quem anda nela é que se amola.
– Leste escuro, Sol seguro.
Março, marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.
– Mulher e sardinha querem-se da pequenina.
– O Robalo, quem o quiser há-de escamá-lo.
– Palavras, leva-as o vento.
– Quem bem nada não se afoga.
– Quem fala no barco, quer embarcar.
– Quem sabe do barco é o barqueiro.

SCRIMSHAW

Scrimshaw é uma palavra inglesa que designa os objetos gravados e pintados em marfim de cachalote ou de outros animais.

Normalmente, eram utilizados os dentes e o osso mandibular desse cetáceo. Também se encontram uma infinidade de peças utilitárias e decorativas, tais como caixas, talas para corpetes de vestidos de senhora, dedais, cabos de sinete, punhos de bengala, dados, entre outros.

Esse diversificado conjunto de objectos, que só desde os finais dos anos 50 do Século XX despertou a curiosidade dos investigadores portugueses, constitui a mais autêntica e conhecida manifestação da chamada “arte baleeira” que teve as suas origens no Século XIX, nas frotas de baleação. Inicialmente formadas por marinheiros norte-americanos, mas logo depois, integradas também por numerosos açorianos e até cabo-verdianos.

É uma arte feita por marinheiros e a eles destinada, embora, com o decorrer dos tempos, os destinatários deste tipo de peças artísticas se tenham diversificado, atingindo já não apenas familiares, namoradas e amigos dos marinheiros, mas um vasto número de pessoas apreciadoras das atividades marítimas e do artesanato ligado ao mar.

A arte de Scrimshaw correspondia à ocupação nas horas de ócio a bordo e a uma expressão de saudade da família e da sua terra. As invocações religiosas são menos frequentes ou mais recentes. As técnicas mais utilizadas são a incisão ou a gravação, sendo os entalhes pigmentados.

Existem no Arquipélago dos Açores várias notáveis coleções da Arte de Scrimshaw, merecendo destaque na cidade da Horta, na Ilha do Faial, o Museu da Arte de Scrimshaw do Café Peter Sport.

Binóculos

Um binóculo é um instrumento de custo reduzido e que lhe dará uma satisfação de uso durante muitos anos. É útil conhecermos as suas características mais importantes na altura de decidir qual comprar. Existem à venda modelos muito parecidos com grande diferença de preço, por exemplo, um binóculo de 50 euros pode ter um aspecto exterior parecido com um de 1000 euros ou mais. A diferença estará na qualidade dos vidros, nos tratamentos anti-reflexo, robustez mecânica, etc. São de evitar preços extremos, tanto muito baratos porque inevitavelmente a qualidade será baixa, como muito caros porque aí a diferença de preço é mais alta que o respectivo ganho de qualidade relativamente a um modelo de custo médio.

O que significam os números?

Todos os binóculos são identificados com dois números como 8X30, 10X50 ou outros do género. O primeiro número indica o aumento e o segundo o diâmetro das objectivas (as lentes da frente). Para um binóculo que se segura na mão recomenda-se aumentos de 7 a 10 vezes porque com maiores aumentos a imagem treme demasiado tornando-se necessário apoiar o binóculo em qualquer superfície estável ou adaptá-lo a um tripé.

Focagem

O mecanismo de focagem deve ser simples de actuar, sem esforço mas suficientemente rígido para que não se mova sem necessidade. O melhor é um mecanismo central que mova ambas as oculares ao mesmo tempo.

Conclusão

O binóculo deve ser comprado sobretudo de acordo com o uso que se lhe vai dar, o que influencia características como o diâmetro das objectivas, o aumento e outras. De um modo geral, devem ser evitados aumentos superiores a 10X porque a imagem tremerá ao usar-se o binóculo na mão.
Para uso geral, binóculo 8X30 ou 8X40 parece a melhor escolha.
A focagem central e também de compensação numa das oculares são essenciais em qualquer binóculo digno desse nome.
A qualidade dos anti-reflexos, o vidro e o tipo dos prismas, a precisão na produção dos componentes ópticos, o controlo de qualidade, são factores que influenciam o custo final e um bom instrumento em todos estes aspectos nunca pode ser o mais barato.

MAREATO